Professora de Direito da Unib fala sobre ser mulher no Direito

No dia 7 de agosto, comemoramos 12 anos da Lei Maria da Penha, criada como uma forma de fornecer mais proteção para as mulheres contra a violência. Maria da Penha, que inspirou o nome da Lei, foi agredida diversas vezes pelo marido, que também tentou matá-la por duas vezes. Por esse caso, o Brasil foi denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O país foi condenado, e teve que criar medidas mais eficazes de proteção à mulher.

Além dessa data, no sábado, dia 11 de agosto, comemora-se o Dia do Advogado. Por isso, resolvemos falar com a professora do curso de Direito da Universidade Ibirapuera Teresa Cristina Sant’Anna. Assista também ao vídeo da professora na página do Facebook da Universidade Ibirapuera.

Por que você escolheu estudar Direito?
Resposta: O Direito surgiu na minha vida em razão do leque de opções que essa carreira proporciona, que vão desde a possibilidade se ser advogada, professora, delegada, promotora, juíza, ou seja, pela vontade de que minha profissão pudesse contribuir com a satisfação pessoal de meu próprio desenvolvimento agregada a possibilidade de auxiliar pessoas e deixar um legado positivo.

Pensando que nesse ano completamos 12 anos da Lei Maria da Penha, você acha que esse tipo de lei é um avanço na proteção à mulher?
Resposta: Ela contribuiu sim com a proteção da mulher, todavia ainda lamento pela necessidade de criação de mecanismos de repressão, pois uma sociedade constituída com educação, ética e valores não necessita de regras inibidoras de conduta.

Que outras iniciativas são importantes para diminuir os números de violência contra a mulher?
Resposta: Ainda creio que o cerne do desenvolvimento de uma sociedade é a educação, uma criança que recebe valores e educação dificilmente será um adulto transgressor e incapaz de se colocar no lugar do outro.

Como é para você, como mulher, estar nesse ambiente ainda muito ocupado por homens?
Resposta: É um desafio, todavia não encaro como um campo de competição com o homem, caminhamos juntos, a única competição que travo diariamente é com minha superação pessoal, a mulher que busca o discurso que a desigualdade é motivo de impedimento de ascensão sempre ficará a margem da sociedade, buscando migalhas, somos fortes, somos capazes, somos responsáveis pelo nosso futuro, pela vida (nossa e dos outros), somos mulheres.

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